2008 - Projeto Imigrantes

Em 2007 fizemos o Projeto Colonial (ver link na página 2007 - Projeto Colonial), especificamente brasileiro, resgatando a nossa história colonial. Não preciso nem dizer que no final de 2007 enquanto preparava o Encontro do Final tive mais uma das minhas brilhantes idéias... Como diria uma das participantes do grupo, a querida Rosa, "quando a Sol está quieta, alguma coisa fantástica está maquinando naquela cabecinha loira..."

Pois bem, tínhamos passado um ano maravilhoso, o grupo estava bombando, nunca estivemos tão unidos e ativos... e o Projeto Colonial ficou sensacional... Nada mais natural do que continuar com esse astral... e nos rumos do brasileiríssimo estilo colonial tive a idéia de desenvolvermos também outro lado da nossa cultura, aquele lado que herdamos dos imigrantes, de gerações e gerações de povos de várias origens que vieram na maior parte das vezes, de mala e cuia... 

Todos nós temos em nossas veias um pouco de sangue de outras raças e culturas. Nenhuma outra nacionalidade tem tanta diversidade como a nossa. Brasileiro é único, afinal nós somos uma “mistureba” danada de boa!!! 

O PROJETO EM SI:

Diferentemente do Projeto Colonial, dessa vez ia ser cada um por si porque sinceramente, o Projeto Colonial me tomou um tempo absurdo e eu, como todo mundo, tenho filho, marido, casa, trabalho, cachorro, papagaio, e não teria como dispor do tempo necessário para planejar todos os detalhes mais uma vez.

A solução foi fazer um projeto mais livre, onde o tema central e os sub-temas seriam respeitados por todo o grupo, mas a pesquisa, planejamento e execução ficariam a cargo de cada equipe e/ou participante individual.

Assim sendo, não teríamos mais aulas PAPs e consequentemente também não haveria nenhum custo mensal ou pagamento. Cada equipe deveria fazer seu próprio trabalho de pesquisa de época, de costumes, de acessórios, de ambientação, de pintura, etc, de acordo com a nacionalidade escolhida. 

Uma novidade no projeto 2008 é que cada equipe deveria fazer um blog com atualizações periódicas sobre as várias etapas do trabalho assim todo mundo poderia acompanhar o desenvolvimento de cada grupo.

Como não seriam mais ministradas aulas PAPs, também não seria necessário um calendário mensal como no Projeto Colonial. O que ficou decidido é que teríamos uma agenda de tarefas com etapas a serem cumpridas. Obviamente que cada equipe teria que trabalhar com uma certa regularidade, para que todos pudessem estar na mesma etapa de montagem. Mas como cada um sabe o ritmo de trabalho que tem, deixei a critério de cada um seguir ou não, a recomendação da agenda que seria usada durante o ano de 2008: 
  • Dezembro 2007 - definição das equipes e das lojas
  • Janeiro - trabalho de pesquisa em equipes
  • Fevereiro – trabalho de pesquisa individual para cada loja escolhida
  • Março - montagem da roombox
  • Abril – pintura e/ou colocação de papel de parede
  • Maio – iluminação
  • Junho – montagem de mobiliário
  • Julho – continuação de montagem de mobiliário
  • Agosto – montagem de acessórios de tecido
  • Setembro – montagem de acessórios de modelagem
  • Outubro – finalização da peça



QUAL É A SUA DESCENDÊNCIA?

Mas voltando para o Projeto 2008, a ideia básica era resgatar essa avalanche de descendências e mistura de raças. Como o tema "imigrantes" é bastante complexo, defini que iríamos em um primeiro momento dividir o grupo em "equipes" representando os principais imigrantes que aqui chegaram nestas terras tupiniquins... Italianos, Portugueses, Alemães, Orientais, Mexicanos, Espanhóis, Francês, Anglo-Saxões, Árabes, Israelenses, Russos, Argentinos, entre outros...

E aqui estava o ponto mais legal e desafiante do Projeto... Ter que aprender a trabalhar em equipes pré-definidas para cada nacionalidade. É difícil aprender a conviver com outras pessoas e trabalhar juntos, não é tarefa fácil... mas é uma experiência onde cada participante e o grupo como um todo sai mais fortalecido como pessoa e miniaturista.

A ideia era ser totalmente diferente da estrutura do Projeto Colonial, onde todo mundo do grupo dependia da Tia Sol para tudo... Tia Sol vai ficar no comando, mas os integrantes do grupo dessa vez iriam ter que aprender a se virar sozinhos!!! E as equipes seriam o ponto de apoio para cada um de seus participantes... 

A ideia era retratar, através dos vários tipos de estabelecimentos comerciais, os costumes, estilos e curiosidades de cada raça em sua respectiva época de imigração... Todos esses povos trouxeram para o Brasil muita coisa de suas terras natais, influenciando a cultura brasileira de forma extremamente definitiva...

Hoje, Brasil sem pizza não existe... todo brasileiro sabe o que é um hashi... temos até o mês da festa da cerveja... o que seria de nós sem um pastel de Belém... e quem nunca provou uma esfiha bom sujeito não é... rsrsrsrsr



OS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS:

Depois de escolher qual grupo de imigrantes cada um iria representar em sua mini, os participantes do projeto deveriam escolher um tema, que seria o tipo de ESTABELECIMENTO COMERCIAL a ser desenvolvido.

Por exemplo... o grupo dos italianos deveriam escolher fazer pizzarias, cantinas, pasticcerias... o grupo dos japoneses deveriam escolher fazer sushi-bar, floriculturas, lojinhas típicas... o grupo dos portugueses deveriam escolher fazer padarias, loja de doces portugueses, bacalhoaria... e por ai vai... as idéias são infinitas...

No projeto original, teríamos o ano inteiro para desenvolver individualmente cada peça, desde a estrutura, os acabamentos de parede, chão e teto, interna e externamente, a confecção do mobiliário até os acessórios de acordo com cada tema.

A única parte pré-definida era sobre a roombox que deveria ser com fachada como fizemos no Projeto Colonial. Porém cada um deveria providenciar a sua própria peça, fazendo por conta própria ou encomendando onde quisesse. As lojas deveriam ter piso, paredes laterais, fachada fixa, teto frontal e teto posterior móvel. A visão deveria ser por trás, como no projeto colonial e as lojas poderiam ter dois andares. 

A escala definida foi a 1/12 e a ambientação seria referente aos séculos XVIII e XIX. Poderia ser usada iluminação interna. Fica a critério e providência de cada equipe. E todo o trabalho de miniatura deveria ser feito pelos participantes. Só seriam aceitas 10% de peças compradas prontas de fornecedores. Poderíamos ter vários grupos de nacionalidades, porém cada grupo deveria ter de 4 a 6 participantes, para no final podermos montar pequenas vilas por etnia. E também estabeleci uma regra imprescindível que em cada equipe seja incluído um membro “iniciante” que se torne o mascotinho do grupo... risos...



Ao final de 2008 a ideia era montarmos uma nova exposição “Nós, os Imigrantes” e que pudéssemos expor em shoppings, galerias, centros empresariais, e lugares afins para que pudéssemos sempre estar divulgando o miniaturismo brasileiro.

Teríamos pequenas vilas de imigrantes... A Vila Italiana, com lojas comerciais típicas dos descendentes italianos, como se estivéssemos no bairro do Bexiga, em Sampa. A Vila Japonesa nos levaria diretamente para a Liberdade, num passeio pelas lojas de deliciosas iguarias e coisas típicas japonesas... A Vila Alemã nos faria lembrar das cidades do sul do Brasil, com todas os estabelecimentos típicos dos alemães... e por aí vai... é só deixarmos a imaginação nos guiar.

O Projeto "Nós, os Imigrantes!" era pra ter sido feito em 2008, mas tantos motivos pessoais e do grupo Mini Brasil levaram ao arquivamento do projeto.

Então, entre 2012 e 2013, sob a tutela da Monica Terra e do Leo Furtado, novos proprietários do Mini Brasil, voltou a se falar em resgatar o Projeto e essa avalanche de descendências e mistura de raças... Eu particularmente me afastei dos grupos de miniatura devido à uma grande mudança em minha vida, quando me transferi de São Paulo para o Nordeste. Até a presente data, pelo que eu soube o projeto não vingou...



De qualquer forma, nos últimos anos uma idéia maluca tem povoado minha cacholinha insana... ando pensando em adaptar o Projeto Nós, os Imigrantes para um trabalho individual e em proporções muitooooooo menores... 

Mas por enquanto isso é segredo!!! Assim que eu tiver as condições de tempo e espaço para executar essa ideia, volto aqui para falar mais sobre isso e mostrar as etapas do novo trabalho... tcham tcham tcham... 




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